quarta-feira, fevereiro 16, 2005
É estranho ler as pessoas com quem falo frequentemente.
É como se entrasse numa janela com vista a precipicios imensos, dos quais não é permitido falar à mesa do café. Ainda que fosse, não teríamos palavras. A mim faltar-me-iam as palavras, os verbos, os olhares frontais. A vós, talvez não vos faltasse nada.
Comovo-me por ler pessoas que julgamos alheias as estas sensações. Leio frequentemente dois blogs de duas Mães, e surpreendo-me sempre.
Porque as Mães, na nossa cabeça, são sempre alguém sem tempo ou profundidade suficiente para estas miragens de lágrimas e sorrisos. Mas não teremos melhor exemplo, nas nossas curtas vidas, de maior altruísmo. Gigantes de sentimentos que moram nas Mães e que vêm à tona no mar da vida quotidiana deviam ensinar-nos que ninguem sente mais que as Mães.
Gostava de ver um blog da minha Mãe. E gostava que ela visse o meu.
Surpreende-me a diferença entre as letras e os olhos das pessoas que leio. Será que isto acontece com quem me conhece?
Parece que há um certo lugar em cada um de nós, que nunca ninguem conhece.
Gosto destas visitas a lugares dentro de alguém, com letras a iluminarem os caminhos.

É como se entrasse numa janela com vista a precipicios imensos, dos quais não é permitido falar à mesa do café. Ainda que fosse, não teríamos palavras. A mim faltar-me-iam as palavras, os verbos, os olhares frontais. A vós, talvez não vos faltasse nada.
Comovo-me por ler pessoas que julgamos alheias as estas sensações. Leio frequentemente dois blogs de duas Mães, e surpreendo-me sempre.
Porque as Mães, na nossa cabeça, são sempre alguém sem tempo ou profundidade suficiente para estas miragens de lágrimas e sorrisos. Mas não teremos melhor exemplo, nas nossas curtas vidas, de maior altruísmo. Gigantes de sentimentos que moram nas Mães e que vêm à tona no mar da vida quotidiana deviam ensinar-nos que ninguem sente mais que as Mães.
Gostava de ver um blog da minha Mãe. E gostava que ela visse o meu.
Surpreende-me a diferença entre as letras e os olhos das pessoas que leio. Será que isto acontece com quem me conhece?
Parece que há um certo lugar em cada um de nós, que nunca ninguem conhece.
Gosto destas visitas a lugares dentro de alguém, com letras a iluminarem os caminhos.

